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Montijo - Domingo, 15 Outubro
Departamento de Estudos Orientais Vidya, Espaço Cultural - Ashram Pashupati
Montijo - Sexta-feira, 13 Outubro
Departamento de Estudos Orientais Vidya, Tándava. Departamento de ásana, Espaço Cultural - Ashram Pashupati
Montijo - Sábado, 7 Outubro
Alimentação biológica, Departamento de Estudos Orientais Vidya, Espaço Cultural - Ashram Pashupati
Montijo - Sábado, 7 Outubro
Alimentação biológica, Departamento de Estudos Orientais Vidya, Espaço Cultural - Ashram Pashupati
Curso Ôshadhi Yôga
2 de Abril de 2016
Espaço Cultural - Ashram Pashupati
Ministrado pelo Mestre João Camacho decorreu, no passado sábado, o primeiro módulo, respeitante à componente teórica do curso Ôshadhi Yôga. Terá a sua continuidade, numa abordagem prática de reconhecimento das plantas na natureza, no próximo mês de Junho.
A nossa metodologia estritamente prática, conducente ao samádhi, preconiza uma urdidura de técnicas e conceitos, onde é essencial a conjugação perfeita entre a teoria e a prática. Este curso, bem como todos os outros concebidos e implementados pelo nosso Mestre, assentam nesse princípio fundamental.
Numa primeira abordagem, o Mestre aprofundou as origens e utilizações do Ôshadhi Yôga, bem como a forma como é enquadrado no nosso método. Ôshadhi, designa o termo em sânscrito para as plantas. O conhecimento sobre as plantas e os benefícios da sua correcta utilização são a base teórica fundamental para preconizar a última finalidade do Yôga. Conjuntamente com os restantes recursos da nossa ancestral escola filosófica, o Yôga das plantas tem como finalidade a consciência alargada ou hiperconsciência. Ao progredir no sádhana, o yôgi adquire novas formas de relacionar-se com as leis da natureza, os siddhis, advindos do estado de mega consciência. A eficaz utilização das plantas contribui assim, para a manutenção de elevados padrões de saúde e bem-estar psicofísico, bem como para o reforço da estrutura biológica, patamar base essencial no caminho do Yôga.
Obrigado Mestre, por nos ensinar e dispor de mais uma ferramenta essencial para a nossa evolução e auto superação, na sênda do Yôga.
Ana Fina, Instrutora Estagiária
Discípula de João Camacho, Yôgachárya
Espaço Cultural - Ashram Pashupati
ESPAÇO CULTURAL – ASHRAM PASHUPATI
DIWÁLI – FESTA DA LUZ
12/Dezembro/2015
A luz não tem sombra!
Li algures por aí.
No Sábado passado intensificou-se o calor no Ashram pela força da chama imanente das velas que o decoraram para esta, que foi a Festa da Luz – Diwáli, onde a Luz vence a Escuridão. Em que as trevas são a sombra, mas impossíveis de combater a luz cujo vultos não tem. Aquém ficam por contar todas as histórias das lutas entre o bem e o mal, entre a luz e a escuridão, (…), mas algo é de revelar. A partir do dia em que se celebra o Equinócio de Inverno, e apesar de parecer que os dias estão mais escuros, a luz começa a prevalecer e os dias a ficarem maiores, em prol das noites, mais pequenas.
Se a festa foi o culminar; e, como referido pela nossa querida Prof.ª Anabela Duarte da Silva; a preparação do espaço, a selecção dos kirtans, a nomeação das coreografias, o carinho vivido, os pitéus deliciosos, o Yôga entre todos existiu, bases suficientemente fortes para que coesa e eficazmente esta comemoração se pudesse concretizar.
E foi-o! As coreografias de ásana apresentadas, primeiramente pelo Inst. Luís Lázaro que, na sua pujante presença, transmitiu a força, o poder e a chama próprias de uma coreografia masculina. Seguido pela Graduada Tânia que, sempre com a sua doçura e simplicidade, apoderou-se do espaço, equilibrando o corpo com o lugar, mas agarrando na subtileza e a partilhando com os presentes. É sempre um encanto vê-la!
Palavras de boas-vindas, encorajamento e sabedoria foram partilhadas pelo nosso querido Mestre João Camacho. Tenhamos assente este privilégio que é tê-lo presente e que somente por isso é possível dar continuidade ao verdadeiro Yôga, de raízes Dakshinacháratantrika-Niríswharasámkhya, e que designamos actualmente por SwáSthya Yôga. Enxertar com filosofias opostas é meio caminho para criar algo que nunca foi. Por isso, mantemos a origem primeva e com isso a exequibilidade duma transmutação final. Conhecimento que é por si só uma oferenda. Ainda assim, foi distribuído um óleo de meditação, feito pelo Mestre, como presente para quem vivenciou mais este Diwáli.
Um momento de atenção para as crianças, partilhando com elas mais uma aventura de Hanuman, o Macaco, e oferecendo-lhes a história para que com ela possam imaginar mais lugares e peripécias.
Terminando as celebrações, tomou lugar o Coral Rajas Agni ocupando quase todo o espaço pelo número, cada vez maior de elementos, assoberbando as trevas com os kirtans vocalizados – Gayátri Mantra, Bhája Bhakáta, Ádi Divya e o Mahá Mantra, e entoando forte, uníssono, poderoso, como se pretende.
E, uma festa só o é com as habituais iguarias que deliciaram uns, aqueceram outros e confortaram os mais pequenos.
Para o ano há mais! Obrigado, querido Mestre! Obrigada a todos!
SwáSthya!
Carmen Ezequiel, Sádhika
Directora Executiva dos Departamentos de YôgaCine e Círculo de Leitura
Espaço Cultural – Ashram Pashupati
ESPAÇO CULTURAL – ASHRAM PASHUPATI
CURSO DE CHÁ
Sábado, 7 de Novembro de 2015, no Espaço Cultural – Ashram Pashupati, teve lugar o Curso de Chá, ministrado pelo Mestre João Camacho. Participado por docente, instrutores, praticantes de Yôga e outras pessoas com interesse na temática, constituiu mais um momento de formação de excelência, aprimorado pelo convívio, alegria e união da nossa egrégora.
Uma mesa composta por doces e salgados, cuidadosamente preparados pelos presentes, complementaram a prova de chás que fomos realizando ao longo do curso, com a apresentação e contextualização do nosso Mestre.
Para que não nos falte "chá" o Mestre João Camacho mostrou-nos, com a sua habitual sabedoria, a subtileza do mundo daquilo que é o verdadeiro Chá.
O Chá que falamos, aquele que provém da planta Camellia Sinensis, originária da China e da Índia. Diferencia-se daquilo que o senso comum mistura na mesma categoria do chá, as tisanas, provenientes das ervas como a camomila, lúcia-lima e todas as outras que tão bem conhecemos.
Apelando a todos os nossos sentidos, diferentes chás foram saboreados na sua plenitude: no seu sabor, no cheiro, no aspecto e na cor e até no sentir da textura das pequenas folhas e grãos que os constituem. Cuidadosamente preparados pelo Mestre, na nossa presença, através de infusão, foram aquecendo e perfumando os presentes e a sala Bhávajánanda.
Diferentes variedades de chá, diferentes níveis de maturação e optimização de partes distintas da planta, diferentes quantidades e combinações de teína e cafeína, e diferentes formas de tratamento, conferem ao chá o seu aspecto e sabor final. Chá branco, verde, preto, são todos e, cada um deles, um verdadeiro apelo aos sentidos provocando diferentes sensações em cada um dos participantes.
Na senda do Yôga, também o chá tem o seu protagonismo. Um instrumento, uma ferramenta para o bem-estar e fundamentalmente para a expansão da consciência, a finalidade última da nossa ancestral filosofia. Diversas lendas relatam a origem do Chá e apelam à utilização do mesmo para a expansão da consciência. Uma outra abordagem centra-se na sua finalidade terapêutica, para o tratamento de doenças e com benefícios para a saúde. A Nossa Cultura centra-se assim na primeira abordagem, concebendo o chá como mais um elemento facilitador do caminho a percorrer para a transformação pessoal. Terminámos em grande com um workshop de chai masala. O chai do Mestre! Preparado por todos e para todos com todas as especiarias e condimentos para o verdadeiro chá indiano. Degustámos e repetimos o verdadeiro chai, donde todos os sentidos são exaltados.
Obrigado querido Mestre João Camacho, cada um destes momentos é especial.
SwáSthya!
Ana Fina, Instrutora Estagiária
Discípula de João Camacho, Yôgachárya
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SESSÃO DE YÔGA CINE – DUNE
30/Outubro/2015
“Novas experiências são necessárias, estimulam a mente profundamente ajudando-a a amadurecer. Sem a mudança alguma coisa adormece dentro de nós que raramente desperta.
O adormecido deve despertar.”
Dune é um filme do realizador David Lynch, do ano de 1984. Baseado num romance com o mesmo nome, de Frank Herbert, de 1965. No ano em que se passa a história seria de pressupor que a evolução da humanidade não se basearia num regime político-feudal, mas também em 1965, a novidade do autor em referir aspectos ecológicos e biológicos, num futuro em que a escassez de água existiria ou seria um bem essencial é quase como ele próprio tivesse despertado e se permitido libertar em Dune. Vislumbres de consciência, ou talvez não.
Uma história de ficção científica que embora não agrade a todos, é relevante para os estudiosos e para nós, que estudamos o Yôga Antigo, e que nela se encontram técnicas e conjunturas que observamos nesta filosofia.
Salientamos que nas sessões do Departamento de Yôga Cine são vistos filmes que, e independentemente das preferências cinéfilas de cada um, focam temáticas e aspectos com os quais identificamos na prática do Yôga.
E que vemos? Quase como se cada um fosse o adormecido e, a luz e a escuridão que vive em si mesmo, uma luta diária rumo à consciência, ao despertar.
Se a mulher é a iniciadora, aquela que transmite o conhecimento e prepara o escolhido para o seu dever; a água da vida o faz despertar afim de contemplar o que já intuía anteriormente, mas ainda não compreendia. Tal como o iniciado, que morre e nasce duas vezes. Capaz de controlar a mente e resistir a máya – a ilusão. Capaz de ser resistente e combativo com a sua armadura, mas entender que o subtil é mais forte que o duro aço. Capaz de ensinar e usar técnicas como a vocalização, empregando a sua força para a destruição dos opulentos e hábil e potente para controlar os vermes. Quase como se vermes fosse tudo aquilo que de mais negro existe no ser humano, a escuridão baseada no medo, na ignorância, na cobardia, no não capaz… e, que ao controlá-la conseguisse atingir o máximo de si, e como guerreiro, dar a vitória aos justos. Uma subtileza expressiva num contexto visual intenso de sons, simbologia ténue, os opostos luz e trevas, a música melancolicamente impressa, faz deste filme – Dune – o lugar onde a memória pode voltar para se transcender a si mesma.
Um filme incompreendido na sua dimensão mas simbólico na delicadeza das acções.
Agradeço ao nosso querido Mestre João Camacho por sempre nos indicar o caminho de mão direita, fazendo-nos compreender antes da incompreensão.
SwáSthya!
Carmen Ezequiel, Sádhika
Espaço Cultural – Ashram Pashupati