05/11/2024
Em que estou a pensar? Que a escola pública está a conseguir a redução da semana de trabalho para os 4 dias através das consecutivas greves à sexta feira.
Melhor ainda, quando um feriado calha à sexta feira, marca-se uma greve para quinta e outra para segunda, para que todos possam ter um verdadeiro fim‑de‑semana prolongado.
Isto permite que os pais possam também eles exigir nas suas empresas semanas de 4 dias, ou então aumentos salariais, para que possam pagar por cada dia desses 10 euros de ATL, por cada criança (isto se não tiverem outras opções como os avós que estão a trabalhar cada vez mais como ATLs informais).
Esta medida tem ainda por isso um excelente efeito de redução do desemprego, através das empresas municipais de ATL que contratam profissionais qualificados para estas funções.
O efeito nas crianças? Isso é o que menos importa nesta equação pois numa ótica de clientelização da educação, para o "cliente" é sempre bem vindo mais um dia de férias para poder ficar pendurado no telemóvel ou a recuperar as horas que não se conseguiu ver de TV no fim‑de‑semana.
O Direito à Greve foi sem dúvida uma conquista inegável, e é pena ver que é usado e abusado por todas aquelas pessoas que não encontram outra forma de protesto, nem querem abdicar do seu emprego seguro para irem procurar o que realmente gostariam de fazer na vida. Porque só faz greves assim quem sabe que não vai ser despedido!
https://www.publico.pt/2024/11/04/opiniao/opiniao/passar-escola-filhos-2110512
Coloquei este post no meu perfil pessoal após ler a coluna no Público do João Miguel Tavares, com a qual concordei inteiramente, e à qual juntei uma dose de ironia.
É isto que se está a passar na escola dos meus filhos
Todos os dias faltam, em média, 11 mil professores e a cada ano há cerca de dois milhões de aulas que ficam por dar. Imaginem a desigualdade que isto cria entre a escola pública e a escola privada.
08/07/2024
Artigo interessante. O documento completo da ordem dos psicólogos pode ser consultado neste link:
www.ordemdospsicologos.pt
04/05/2024
Por cá ainda não temos legislação específica a regulamentar os influenciadores e por isso remetem-se para a lei geral da publicidade e as normas de proteção de menores que aí existem.
Espanha regula actividade dos influencers: é preciso facturar 300 mil euros por ano
As novas regras determinam temas proibidos como a promoção de álcool, medicamentos ou tabaco, e visam também proteger os menores.
30/04/2024
Um artigo muito interessante sobre as comunidades inceis que influenciam jovens rapazes a gerar um ódio a mulheres, com consequências para a sanidade mental dos jovens.
Nos fóruns de incels, os homens fantasiam sobre matar as mulheres que não conseguem conquistar
São “celibatários involuntários” que não conseguem ter relações com mulheres e que, por isso, as odeiam. Na Internet, o discurso ganha contornos violentos e que se associam à extrema-direita.
23/04/2024
Um exemplo de vida fora do padrão comum. Um jovem de 17 anos que desde os 16 vive nos comboios na Alemanha. Num ano já correu o país, já arranjou emprego e trabalha nos comboios.
Quantos pais em Portugal aprovariam algo assim?
Lasse vive nos comboios da Alemanha desde os 16 anos — e com o apoio dos pais
O jovem alemão diz que gasta 10 mil euros por ano, grande parte para pagar o cartão de viagens ilimitadas. Toma banho nos balneários de piscinas públicas e lava a roupa nas estações de comboio.
06/04/2024
As próprias marcas de beleza que patrocinaram incluencers dirigidas a adolescentes no passado, estão agora com um discurso moralista, apenas porque foram descobertas pelos pais e pelas autoridades.
Já há vários anos alertei para esta prática não ética das marcas, a qual está a afetar imensos jovens, cada vez mais jovens. O artigo refere crianças com 8 e 9 anos já completamente influenciadas pela indústria da beleza.
Marcas pedem aos jovens obcecados com a beleza: “Não comprem os nossos produtos”
A explosão das vendas de produtos de cuidados da pele entre adolescentes está a obrigar as empresas a criar manuais para comercializar a pensar num novo grupo demográfico: quem nasceu depois de 2010.
03/04/2024
Um exemplo de uma carreira que e tornará cada vez mais vulgar. Jovens que não tiram um curso superior, que fazem o seu próprio percurso e seguem o seu caminho, fora das vias tradicionais, e por isso com sucesso.
Parabéns Rodrigo e parabéns aos pais do Rodrigo por o deixarem seguir o seu caminho.
Rodrigo quer pôr mais diversidade (e autores nacionais) nas estantes dos jovens
Aos 19 anos, Rodrigo é criador e editor de uma nova chancela dedicada aos leitores jovens e quer trazer mais “vozes” brasileiras e portuguesas — que, diz, “fazem muita falta” neste segmento.
01/04/2024
Artigo interessante com algumas dicas para pais que estejam a viver esta situação, seja em crianças mais novas ou adolescentes.
https://www.publico.pt/2024/04/01/impar/noticia/filho-mentiume-explicar-consequencias-mentira-2085217?
O meu filho mentiu-me: porquê e como explicar as consequências da mentira
Quando as crianças assumem ter mentido, é importante valorizar a honestidade, antes de condenar o erro, aconselham os especialistas. Depois, proponha soluções para evitar novas mentiras no futuro.
26/03/2024
O termo Necessidades Especiais já não se aplica. O número de alunos com necessidade de medidas seletivas de apoio à aprendizagem tem vindo a aumentar, sem que os recursos das escolas tenham aumentado na mesma proporção.
Por isso o seu tratamento representa uma sobrecarga administrativa (e não só) para as escolas e para os professores.
Alguns dos casos só são diagnosticados a meio do ano , sem ajustamento na dimensão das turmas.
No 3º ciclo é normal o aumento apenas porque os casos têm que ser diagnosticados até essa idade, para que depois possam ter repercussões nos exames nacionais.
Do lado dos pais, uns agem com normalidade, outros tentam esconder (estigmas ainda presentes na nossa cultura), enquanto outros se aproveitam para beneficiar a avaliação.
Alunos com “necessidades especiais” aumentaram 13% no último ano lectivo
Apesar de haver quase 90 mil crianças com necessidades especiais, o recurso ao apoio tutorial continua a ser minoritário. Do pré-escolar ao secundário abrange só 8,9% dos alunos com medidas selectivas