
No livro “A criança na família” Maria Montessori reforça esta ideia referindo que o primeiro dever do educador, esteja ele envolvido com um recém-nascido, bebé ou criança, é reconhecer a personalidade humana do ser pequenino e respeitá-lo.
E para isso, é importante observar a criança, olhar para esta de “igual para igual”, proporcionando-lhe um ambiente com amor mas também com limites pois são estes que lhe permitirão crescer com segurança.
Então, como adultos, perguntamo-nos:
– Como podemos ser uma ajuda ativa e não um obstáculo no crescimento da criança?
Este é um grande desafio, e sempre que penso em Montessori e não só, mas no papel do adulto em geral seja em que perspetiva ou pedagogia for, sinto claramente, que o trabalharmo-nos como sendo seres que potenciem um crescimento saudável das crianças, é sem dúvida o maior desafio!
Mas para isso basta treinar, pois somos resultado de um processo cheio de obstáculos, e o primeiro passo é mesmo tomar consciência de nós mesmos, como somos, como reagimos, e ir ao encontro do nosso coração para VER realmente a criança.
As ferramentas que mais nos podem ajudar neste processo são a meditação e a observação, pois a prática da meditação leva-nos à calma, ao contacto connosco, o olhar para o que se passa à nossa volta de forma mais objetiva, entendendo melhor as necessidades reais da criança. Assim vamos-nos transformando pouco a pouco desde o nosso interior!
O nosso grande mestre… é mesmo a criança 🙂
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