09/01/2021
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Educar uma criança autista não é fácil. Todos os dias precisamos renovar a esperança e esticar a paciência. Nossos filhos nem sempre atendem nossos chamados, pedidos, ordens. Nem sempre entendem por que não podem fazer o que estão fazendo, no momento em que querem fazer. Muitos f**am anos estagnados numa fase do desenvolvimento: a fase oral, por exemplo. Colocam tudo na boca, lambem, provam as coisas mais doidas. Não tenha medo: isso é necessário.
Nenhuma criança evolui sem ter passado por todas as fases de seu desenvolvimento.
Ele tem 20 anos e ainda usa fralda? Ela tem 10 mas cheira os alimentos antes de comer? Ele tem 12 e sempre foi calmo mas só agora está na “fase do não”?...
Como lidar com isso? Como lidar com tantos problemas e situações atípicas? Sim, a tal da Dona Paciência... E o que mais? Táticas que vão dar resultado ao longo do tempo. Uma delas, a minha favorita: para cada correção, critica, e uso da palavra “não”, tenha preparado dois elogios, razões para aplaudir e alguns “sins”. Seu filho vai sentir menos ansiedade nesse “Mundo do Não Pode”; vai começar a prestar atenção a você; vai começar a te escutar; vai superar a fase de desenvolvimento que não teve antes (dois passos atrás) para dar um passo adiante; vai começar a aprender.
Não tenha medo educar seu filho autista. Não diga sempre “não”, mas tampouco permita tudo porque é autista.
Reforçar as habilidades e mostrar as limitações (de modo construtivo) vai gerar adultos conscientes e bem resolvidos.
Texto:
09/01/2021
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Quando uma mãe morre, todas sofrem por ela. A gente se coloca no lugar, e sente uma dor grande pela mãe, e pelo filho que f**a.
Mães não deviam morrer até que seus filhos estivessem prontos para a vida. Eu perdi a minha quando ia completar 6 anos. A saudade nunca passa, mas a certeza de que ela “vive”, é a força que eu encontrei para caminhar sem ter a meu lado esse amor maior do mundo daquela que seria a única a dar sua vida pela minha.
Rayra Emília de Sousa Orosco tinha somente 29 anos, era casada com Filipe há 6 anos, mãe do Luís Filipe (4 anos) e da Maria Luísa (2 meses).
Ela era dentista, e após o diagnóstico de autismo do Luís Filipe, foi aos poucos abandonando a odontologia e iniciou a faculdade de Pedagogia.
Rayra voluntariou em alguns projetos nas escolas públicas em Iturama, onde buscava conscientizar a todos a importância do diagnóstico precoce, e das intervenções necessárias. Essa jovem mãe lutava pelo direito ao atendimento e buscava atendimento de qualidade.
Poucos dias antes da passagem de ano, Rayra perdeu a vida indo buscar, de carro, um p**a p**a (brinquedo) em uma cidade vizinha, quando sofreu um acidente, teve trauma de tórax, e não resistiu.
O destino arrancou a vida dessa moça que tinha tanto a oferecer ao mundo, deixando quem a amava com uma dor irreparável.
Eu não queria que a vida da Rayra passasse despercebida. Espero que sua família sempre permita que seu espírito viva entre o Luís Felipe e a bebê Maria, e do Filipe, agora com a difícil tarefa de criar os filhos sem a grande parceira.
Agradeço a Josiane Borges por me falar da Rayra e do amor pela prima. Mexeu comigo e sei que vai mexer com os pais e mães que leem meus textos.
Deus abençoe e conforte os corações de toda a família. Que o Luís Filipe se desenvolva continuamente, e que os projeto de autismo que Rayra tinha, se realize através do esposo, para a nossa Comunidade. Contem comigo 🙏🏼💕
Com carinho, respeito é muito sentimento,
Fatima
08/01/2021
A vida da Rayra, mãe de uma bebê, e de um menino autista, não foi em vão. Essa mãe nunca será esquecida.
Deus conforte o Filipe, o autista Luís Filipe a a Maria 🙏🏼🖤💔
Quando uma mãe morre, todas sofrem por ela. A gente se coloca no lugar, e sente uma dor grande pela mãe, e pelo filho que f**a.
Mães não deviam morrer até que seus filhos estivessem prontos para a vida. Eu perdi a minha quando ia completar 6 anos. A saudade nunca passa, mas a certeza de que ela “vive”, é a força que eu encontrei para caminhar sem ter a meu lado esse amor maior do mundo daquela que seria a única a dar sua vida pela minha.
Rayra Emília de Sousa Orosco tinha somente 29 anos, era casada com Filipe há 6 anos, mãe do Luís Filipe (4 anos) e da Maria Luísa (2 meses).
Ela era dentista, e após o diagnóstico de autismo do Luís Filipe, foi aos poucos abandonando a odontologia e iniciou a faculdade de Pedagogia.
Rayra voluntariou em alguns projetos nas escolas públicas em Iturama, onde buscava conscientizar a todos a importância do diagnóstico precoce, e das intervenções necessárias. Essa jovem mãe lutava pelo direito ao atendimento e buscava atendimento de qualidade.
Poucos dias antes da passagem de ano, Rayra perdeu a vida indo buscar, de carro, um p**a p**a (brinquedo) em uma cidade vizinha, quando sofreu um acidente, teve trauma de tórax, e não resistiu.
O destino arrancou a vida dessa moça que tinha tanto a oferecer ao mundo, deixando quem a amava com uma dor irreparável.
Eu não queria que a vida da Rayra passasse despercebida. Espero que sua família sempre permita que seu espírito viva entre o Luís Felipe e a bebê Maria, e do Filipe, agora com a difícil tarefa de criar os filhos sem a grande parceira.
Agradeço a Josiane Borges por me falar da Rayra e do amor pela prima. Mexeu comigo e sei que vai mexer com os pais e mães que leem meus textos.
Deus abençoe e conforte os corações de toda a família. Que o Luís Filipe se desenvolva continuamente, e que os projeto de autismo que Rayra tinha, se realize através do esposo, para a nossa Comunidade. Contem comigo 🙏🏼💕
Com carinho, respeito é muito sentimento,
Fatima
28/12/2020
Aqui na Holanda a gente celebra dois dias de Natal (25 e 26) mais a noite de 24 para 25 do nosso Natal no Brasil, ou seja, foram três dias de comemorações natalinas na nossa casa.
Edinho foi um anfitrião perfeito. Conversou com quem esteve aqui, riu, brincou, ajudou na cozinha, e ficou presente o tempo todo. Ao subir para o quarto, dizia que tinha sido “uma noite ótima!”
Ontem, o “day-after” de tanta festividade, ele ficou no quarto o dia inteiro, e só desceu à noite para jantar.
Eu e o pai dele já estamos acostumados com essa ressaca social dele.
AUTISMO E RESSACA SOCIAL
Ressaca Social é aquele mal estar que f**a depois de tanta interação social.
Festas de fim de ano, Natal no trabalho, jantar social, etc. podem ser muito apreciados pelos autistas, mas, ao mesmo tempo, deixá-los extremamente cansados física e mentalmente.
O autismo também se caracteriza por uma grande sensibilidade sensorial. Em geral, a maioria dos autistas tem dificuldade para filtrar sons, cheiros, e imagens que acompanham muita socialização. Apesar de não sentirem de imediato, quando sempre a “ressaca” chega no dia seguinte à intensa interação.
Cansaço, sono, necessidade de f**ar em silêncio, ou isolado, impaciência, e até agressividade podem acontecer durante esse período pós-celebração, deixando pais e mães ou parecidos sem entender.
- “O que aconteceu? Ontem ele estava tão bem...
Ter Ressaca Social não é frescura; é uma reação sensorial a todos os estímulos (cheiros, imagens, sons, concentração, etc.) que invadem a mente e o corpo dos autistas quando socializam tão intensivamente.
Independente da idade, conte com a possibilidade dos seus filhos autistas terem uma “ressaca social”. Não se preocupem. Eles estão se recuperando desses dias diferentes do seu normal.
A cura para o autismo é a nossa compreensão.
Texto:
22/12/2020
Autismo e a percepção de emoções menos óbvias no autismo leve
Identif**ar emoções sutis é um desafio para muitos autistas. Entre eles, a falsidade, a malícia, a manip**ação, o desdém, a inveja, e outros sentimentos e ações difíceis de identif**ar quando não explicitados em palavras ou com as conhecidas “caras, bocas e gritos”.
Não tem protocolo para ensinar os autistas sobre este grupo mais sofisticado de emoções. A melhor forma é analisar a emoção junto com a pessoa autista quando ela percebe algo, se assusta ou intimida (seu sensorial hiperfuncional). Sentir e não saber interpretar não é uma boa sensação. Muitos se afastam por não entenderem o comportamento humano e essas emoções ilegíveis.
Analisar emoções com alguém que entende de emoção é sempre um bom começo para esse tipo de desenvolvimento.
Texto: Fatima de Kwant
̧ões
21/12/2020
Bom dia ☀️
O autismo sob a perspectiva do Desenvolvimento é uma virada de conceito sobre o que é defeito, e o que são fases não vivenciadas.
Para alcançar uma fase, a criança precisa ter passado pela anterior.
Os autistas, e demais crianças com um transtorno do (neuro)Desenvolvimento, não fazem o caminho neurotipico - eles têm um desenvolvimento atípico e individual.
Imagine um bebê que anda sem ter engatinhado (p**a a fase). Ele não experienciou a sensação de ajoelhar-se e se movimentar “de quatro”, assim como não passou pela experiência de observação dos mínimos detalhes que os bebês que engatinham tem: notam cada detalhe no chão, param, colocam na boca o que encontram no chão, descobrem “buraquinhos” onde podem enfiar o dedo e aprendem que não devem fazê-lo.
Essa é uma experiência básica que contribui para o desenvolvimento de um bebê.
É assim que conhecem o mundo e aprendem, instintivamente, o que devem ou não fazer.
No autismo, as fases estão embaralhadas. Por exemplo:
- O bebê que não engatinhou e já andou, mas não compreende, ou não presta atenção a comandos.
- A criança que não passou pela fase oral (colocar tudo na boca), e vem a tê-la anos depois, quando seus pais se assustam e correm para o neuro em busca de medicação para que deixe de fazer aquilo.
- O adolescente autista que até então era passivo e, de repente, passa a recusar tudo o que antes gostava, demonstrando estar (só então) na conhecida “fase-do-não).
- O autista adulto que ainda usa fraldas.
- O autista adulto leve que só dorme com seu objeto de segurança (um paninho, bicho de pelúcia, etc.).
Quando pensamos em desenvolvimento, nada é estranho ou errado. Tudo é motivo para direcionar o desenvolvimento.
Todas as crianças, adolescentes e adultos com limitações no desenvolvimento precisam passar pelas diferentes fases de para progredirem.
Fatima de Kwant
20/12/2020
Queridos amigos,
Está é minha nova página onde falarei como profissional, consultora e coaching de autistas e suas famílias na área do Desenvolvimento, Comunicação Social e Socialização.
Espero que gostem desse meu novo espaço.
https://www.facebook.com/fatimadekwant/
Com carinhoso,
Fatima