23/01/2025
Velhos cargos, novas habilidades: inteligência artificial pede por atualização dos profissionais
O começo do ano traz diferentes perspectivas para as empresas e para aqueles que buscam novos rumos em suas carreiras. Em 2024, o mercado de trabalho observou a IA generativa ganhar protagonismo dentro e fora das organizações, criando empregos, profissões e a demanda por novas competências.
Em seu relatório anual, Guia Salarial 2025, a consultoria de recursos humanos Robert Half apontou que habilidades com ferramentas de inteligência artificial, aprendizado de máquina e análise de dados são as mais procuradas por companhias.
De acordo com Marina Brandão, gerente da divisão de TI da Michael Page, que também atua no setor RH, o mercado tem exigido cada vez a atualização dos profissionais em todas as áreas de atuação. Os cargos seguem os mesmos, mas, agora, exigem o conhecimento de ferramentas de inteligência artificial. “É uma expertise que o trabalhador teve que evoluir para uma nova ferramenta de mercado que surgiu”, completa.
Protagonismo das tecnologias
Especialistas ouvidos pelo IT Forum apontam que, no setor de Tecnologia, a atualização profissional é ainda mais importante e vai além do conhecimento técnico. É preciso também compreender o negócio e o produto, que são habilidades fundamentais para o desenvolvimento de ferramentas internas de IA, algo que cada vez mais empresas têm buscado.
Para isso, profissionais com uma visão ampla da inteligência artificial têm se tornado essenciais para as organizações. São os chamados “chief AI officers“, ou “CAIO“, como Caio Gomes, que assumiu essa posição dentro do Magazine Luiza há nove meses.
Apesar de trabalhar com inteligência artificial desde 2007, o executivo percebeu um crescimento na sua carreira desde a chegada da IA generativa.
Leia mais: https://itforum.com.br/noticias/inteligencia-artificial-atualizacao-profissionais/
22/01/2025
De onde vêm os dados usados para construir IA
A inteligência artificial (IA) é fundamentalmente baseada em dados. Quantidades gigantescas de dados são necessárias para treinar algoritmos para realizarem as tarefas desejadas, e os dados inseridos nos modelos de IA determinam os resultados obtidos. Contudo, há um problema: os desenvolvedores e pesquisadores de IA sabem muito pouco sobre as fontes dos dados que estão utilizando. As práticas de coleta de dados da IA são imaturas em comparação com o nível avançado de desenvolvimento dos modelos. Conjuntos de dados massivos frequentemente carecem de informações claras sobre o que eles contêm e de onde vieram.
A Iniciativa de Proveniência de Dados, composta por mais de 50 pesquisadores de instituições acadêmicas e do setor, buscou resolver essa questão. Eles investigaram quase 4.000 conjuntos de dados públicos abrangendo mais de 600 idiomas, 67 países e três décadas. Os dados foram extraídos de 800 fontes únicas e cerca de 700 organizações.
As descobertas, compartilhadas exclusivamente com a MIT Technology Review, mostram uma tendência preocupante: as práticas de coleta de dados para IA correm o risco de concentrar poder de forma esmagadora nas mãos de poucas empresas de tecnologia dominantes.
Na década de 2010, os conjuntos de dados vinham de uma variedade de fontes, afirma Shayne Longpre, pesquisador do MIT e membro do projeto. Eles eram coletados de enciclopédias, sites da internet, transcrições parlamentares, chamadas de resultados financeiros e relatórios meteorológicos. Naquele período, os conjuntos de dados eram cuidadosamente selecionados para tarefas específicas.
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21/01/2025
Empresas condenadas por compra de dados sigilosos somam multas de R$ 46 milhões
Após a compra de dados sigilosos da Receita Federal e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), a Controladoria-Geral da União (CGU) multou 36 empresas com penalidades que somam R$ 46 milhões. Outras 14 companhias ainda são investigadas.
Dentre as empresas punidas pela CGU, 29 admitiram culpa e firmaram acordos de leniência, resultando em redução das multas e outras sete foram julgadas e condenadas. Uma delas está em negociação para um possível acordo.
Os casos investigados pela CGU têm origem na Operação Spy, conduzida pela Polícia Federal (PF), Receita Federal e Ministério Público Federal (MPF), que revelou um esquema envolvendo venda de informações sigilosas para empresas privadas.
Na investigação, três servidores públicos foram identificados como responsáveis pelo vazamento dos dados, sendo dois da Receita Federal e um do Mdic. Todos foram demitidos pelos órgãos de origem.
As penalidades das empresas envolvidas no esquema variam conforme o seu faturamento, quantidade de dados adquiridos e reincidência, com o menor valor registrado em R$ 23,8 mil. A CGU analisou ainda se as empresas firmaram acordos para reduzir as multas.
Segundo o secretário de Integridade Privada da CGU, Marcelo Pontes Vianna, os acordos com admissões de culpa são preferíveis a julgamentos, além de defender que as empresas implementem diligência ao contratar serviços para evitar situações semelhantes.
Além disso, é importante ressaltar que o cálculo das multas levou em conta a gravidade da infração. Informações adquiridas de forma recorrente ou que trouxeram vantagens competitivas resultaram em penalidades mais altas.
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20/01/2025
O preço da privacidade: qual o risco de escanear sua íris?
Em um cenário onde dados biométricos são tratados como ouro digital, a proposta de vender a imagem da íris a empresas como a World desperta debates acalorados entre especialistas em cibersegurança, direito digital e privacidade.
O que motiva pessoas a aderirem a essa proposta? Leandro Araújo, motoboy, explica: “Eu fiquei sabendo a respeito desse cadastramento pela internet, vai de boca, um fala aqui, outro fala lá e assim chegou até mim. Procurei saber do que se tratava e descobri que é uma conta de criptomoeda, onde eles têm a moeda própria e, fazendo o cadastro, disponibilizam 20 moedas para começar a trabalhar com essa nova moeda no mercado”.
Henrique Garrido, porteiro, também foi atraído pela ideia, mas ressalta: “Eles falaram que futuramente o olho vai ser uma forma de identificação para outras coisas, porém enfatizaram que não têm acesso aos nossos dados. Tanto é que, na hora do cadastro, nem mexem no celular, é a própria pessoa quem faz”.
Riscos e incertezas do escaneamento de íris
Enquanto os participantes enxergam uma oportunidade de adiantar um futuro financeiro ou tecnológico, especialistas apontam para os riscos e incertezas dessa iniciativa. “A questão central é a falta de clareza sobre os propósitos reais desse arranjo”, afirma Rodrigo Rocha, especialista em cibersegurança e gerente de arquitetura de soluções da CG One. Para ele, embora a World alegue que os dados capturados sejam transformados em códigos não reversíveis, a incerteza quanto ao tratamento e à segurança desses dados gera uma sombra de desconfiança. “Se um vazamento acontecer, a íris não pode ser substituída como uma senha. Isso expõe o titular a riscos de roubo de identidade e outros usos maliciosos”, alerta.
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17/01/2025
Pela primeira vez, Tribunal da UE multa a própria União Europeia por violar lei de proteção de dados
Pela primeira vez, o Tribunal Geral da União Europeia decidiu nesta quarta-feira (8) que a Comissão Europeia deve pagar indenização a um cidadão alemão por não cumprir suas próprias regulamentações de proteção de dados.
O tribunal determinou que a Comissão transferiu os dados pessoais do cidadão para os Estados Unidos sem as devidas salvaguardas e ordenou o pagamento de 400 euros (US$ 412) em indenização.
O indivíduo havia utilizado a opção “Entrar com o Facebook” no site de login da UE para se inscrever em uma conferência. O tribunal, que julga ações contra instituições da UE, concluiu que essa transferência do endereço IP do usuário para a Meta Platforms nos EUA violou as regras de proteção de dados da UE.
“O Tribunal reconhece a decisão e estudará cuidadosamente o julgamento e suas implicações”, disse um porta-voz da Comissão à Reuters.
O Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa (GDPR) é amplamente considerado uma das legislações de privacidade de dados mais abrangentes e rigorosas do mundo. Grandes empresas como Klarna, Meta, LinkedIn, entre outras, já e enfrentaram multas significativas da UE por não conformidade.
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16/01/2025
Gartner: 85% dos líderes de atendimento vão usar GenAI conversacional em 2025
Mais de oito em cada dez (85%) dos líderes de atendimento ao cliente usarão ou testarão uma solução de inteligência artificial generativa conversacional para atender os clientes em 2025. Quase metade (44%) dizem já estar explorando voicebots com GenAI com os clientes, e 11% estão testando a tecnologia.
Os dados fazem parte de uma pesquisa do Gartner revelada recentemente. Foram ouvidos pela consultoria americana 187 líderes de atendimento e suporte ao cliente entre julho e agosto de 2024.
“Mais de 75% dos líderes de atendimento e suporte ao cliente disseram que sentem a pressão da liderança executiva para implementar a GenAI”, diz em comunicado Kim Hedlin, diretora sênior de pesquisa do Gartner. “A função de atendimento ao cliente tem um nível crescente de influência sobre as iniciativas de inteligência artificial. Essa função, historicamente orientada por pessoas e processos, evoluiu para uma função focada em tecnologia.”
A pesquisa também constatou que os líderes de atendimento ao cliente são os principais responsáveis pela identificação de oportunidades, mapeamento das atividades e promoção da adoção de IA.
Por conta da pressão executiva para adoção de GenAI, eles estão se sentindo pressionados a conhecer melhor a tecnologia ao longo do próximo ano. Entre os líderes de atendimento, 64% disseram que planejam passar mais tempo aprendendo sobre IA no próximo ano, enquanto só 3% planejam passar menos tempo.
Barreiras de adoção
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15/01/2025
Haddad é vítima de deep fake criado com IA e se pronuncia
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi recentemente vítima de um deep fake, técnica de síntese de imagens e sons humanos baseada em inteligência artificial. No vídeo criado por IA e amplamente divulgado nas redes, o falso Haddad aparece em uma entrevista na qual supostamente confirmava novas taxas de imposto, incluindo a chamada ‘taxa do cachorrinho’, destinada a quem possui animais domésticos, e uma nova taxa para transações realizadas via PIX.”
A montagem viralizou no X e no TikTok nesta quinta-feira (09), acompanhada de imagens de estabelecimentos notificando que repassariam a suposta taxa ou que não aceitavam mais pagamentos via Pix, o que gerou revolta entre internautas que acreditaram na falsa notícia. O vídeo foi publicado um dia após o governo anunciar que irá monitorar movimentações acima de R$ 5 mil por mês para pessoas físicas e de R$ 15 mil para empresas.
Diante da repercussão da fake news, o Ministério da Fazenda se pronunciou. Em um vídeo oficial publicado em suas redes sociais, Haddad desmentiu as informações sobre as novas taxas polêmicas, afirmando que os únicos a pagarem novos impostos serão as bets, empresas de casas de aposta. No vídeo, o ministro ainda ressaltou a importância de verificar informações antes de compartilhá-las.
Em janeiro de 2025, entrou em vigor o mercado regulado de apostas no Brasil, obrigando as bets a se regulamentarem e a contribuírem fiscalmente no país. O Brasil possui o segundo maior tempo de navegação em sites de aposta do mundo, alcançando 9 horas e 13 minutos por dia.
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14/01/2025
Nota de Pesar
É com imenso pesar que comunicamos o falecimento de Fabricio Hoepers, membro dedicado da Comissão de Direito e Tecnologia da Informação da OAB/RS (CDTI).
Fabricio foi uma figura marcante, sempre contribuindo com entusiasmo e competência para o avanço das discussões sobre tecnologia no meio jurídico. Sua presença nas reuniões, suas ideias inovadoras e sua capacidade de unir o grupo com empatia e sabedoria fizeram dele não apenas um colega de comissão, mas um verdadeiro amigo.
Sua partida prematura deixa um vazio profundo em nossos corações e em todo o grupo da CDTI. Estamos em luto, mas também gratos por termos tido a oportunidade de compartilhar momentos com alguém tão especial e inspirador.
À família e aos amigos, estendemos nossas mais sinceras condolências, desejando força e paz neste momento tão difícil.
Fabricio, sua memória será sempre uma luz que guiará nossos caminhos.
Com pesar,
Comissão de Direito e Tecnologia da Informação - OAB/RS (CDTI)
14/01/2025
Os maiores fracassos da IA em 2024
O último ano foi marcado por uma intensa atividade na área de IA. Houve mais lançamentos de produtos bem-sucedidos do que se pode contar, além de prêmios Nobel. No entanto, nem tudo foi um mar de rosas.
A IA é uma tecnologia imprevisível, e a crescente disponibilidade de modelos generativos levou as pessoas a testar seus limites de formas novas, estranhas e, às vezes, prejudiciais. Confira alguns dos maiores erros da inteligência artificial em 2024:
1. Conteúdo de baixa qualidade infiltrou quase toda a Internet
A IA generativa tornou a criação de textos, imagens, vídeos e outros tipos de material incrivelmente fácil. Basta inserir um prompt, e em segundos um modelo pode gerar conteúdo em larga escala. Em 2024, esse tipo de mídia — frequentemente de baixa qualidade — começou a ser chamado de “lixo gerado por IA” ou AI slop.
Essa forma simples e rápida de criar conteúdo resultou em sua presença em praticamente todos os cantos da internet: desde newsletters que chegam ao seu e-mail, livros vendidos na Amazon, anúncios e artigos em sites, até imagens duvidosas nas redes sociais. Quanto mais emocionalmente evocativas essas imagens forem (veteranos feridos, crianças chorando, apoio a conflitos como o entre Israel e Palestina), maior a probabilidade de serem compartilhadas, gerando engajamento e receita publicitária para seus criadores oportunistas.
O AI slop não é apenas irritante — sua ascensão representa um problema real para o futuro dos próprios modelos que o criam. Como esses modelos são treinados com dados coletados da internet, o aumento de sites de baixa qualidade contendo conteúdo gerado por IA pode degradar progressivamente a qualidade e o desempenho de suas produções.
2. Arte gerada por IA distorce expectativas sobre eventos reais
Continue lendo: https://mittechreview.com.br/erros-ia-2024/
13/01/2025
Qual seu nível de otimismo sobre futuro da IA?
A MIT Technology Review realiza uma lista anual das 10 Tecnologias Revolucionárias, para ajudar você a decidir. Este é o 24º ano que essa seleção é publicada. Assim como nas primeiras listas (a de 2001 destacou interfaces cérebro-computador e ferramentas para rastrear conteúdo protegido por direitos autorais), as tecnologias de 2025 podem beneficiar a sociedade, prejudicá-la ou ambas as coisas.
Avanço da IA
A inteligência artificial (IA) está no centro de quatro inovações da lista deste ano. Entre elas, destaca-se a busca com IA generativa, que está se tornando o padrão no Google com seus resumos de IA. Essa funcionalidade promete organizar o gigantesco volume de informações da internet e oferecer respostas melhores para nossas perguntas. No entanto, ao mesmo tempo, está transformando o modelo de remuneração de criadores de conteúdo e posicionando IAs suscetíveis como árbitros de fatos e verdades.
E a robótica?
Outra inovação é o enorme progresso na robótica. Graças à IA, robôs estão aprendendo mais rapidamente. Isso levanta questões: confiaríamos em robôs humanoides em nossos espaços mais íntimos? Como nos sentiríamos se esses robôs fossem controlados remotamente por humanos em outros países?
Astronomia em pauta
Além da IA, a lista aborda outros avanços tecnológicos. Este ano, espera-se progresso no estudo da matéria escura, usando a maior câmera digital já construída para astronomia; a redução de emissões de metano produzidas por bovinos; e uma nova injeção que pode prevenir o HIV por seis meses. Além disso, tecnologias como robotaxis e células-tronco estão finalmente cumprindo algumas de suas promessas.
Um ano de divisões culturais
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10/01/2025
De onde vêm os dados para construir IA?
A IA é tudo sobre dados. Montanhas de dados são necessárias para treinar algoritmos a fim de realizar o que desejamos, e o que entra nos modelos de IA determina o que sai deles. Mas aqui está o problema: desenvolvedores e pesquisadores de IA não sabem muito sobre as fontes dos dados que estão usando. As práticas de coleta de dados da IA são imaturas em comparação com a sofisticação do desenvolvimento de modelos de IA. Conjuntos de dados massivos frequentemente carecem de informações claras sobre o que contêm e de onde vieram.
A Iniciativa de Proveniência de Dados, um grupo de mais de 50 pesquisadores de academia e indústria, quis resolver isso. Eles queriam saber, de forma muito simples: De onde vêm os dados para construir a IA? Eles auditaram quase 4 mil conjuntos de dados públicos abrangendo mais de 600 idiomas, 67 países e três décadas. Os dados vieram de 800 fontes únicas e de quase 700 organizações.
As descobertas deles, compartilhadas exclusivamente com a MIT Technology Review, mostram uma tendência preocupante: as práticas de dados da IA correm o risco de concentrar poder de forma esmagadora nas mãos de algumas empresas de tecnologia dominantes.
No início da década de 2010, os conjuntos de dados vinham de uma variedade de fontes, diz Shayne Longpre, pesquisador do MIT que faz parte do projeto. Os dados vinham não apenas de enciclopédias e da web, mas também de fontes como transcrições parlamentares, chamadas de ganhos e relatórios meteorológicos. Naquela época, os conjuntos de dados de IA eram especificamente organizados e coletados de diferentes fontes para adequar-se às tarefas individuais, diz Longpre.
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09/01/2025
Algum dia confiaremos em robôs?
O mundo parece estar à beira de uma era de ouro para robôs humanoides. Avanços recentes em Inteligência Artificial prometem robôs versáteis e capazes, semelhantes aos vistos apenas na ficção científica: máquinas que podem montar carros, cuidar de pacientes ou arrumar nossas casas sem instruções especializadas.
Essa ideia atraiu enorme atenção, capital e otimismo. A Figure arrecadou US$ 675 milhões para seu robô humanoide em 2024, menos de dois anos após sua fundação. Em um evento da Tesla em outubro, os robôs Optimus ofuscaram o táxi autônomo, que deveria ser a estrela da apresentação. Elon Musk, CEO da Tesla, acredita que esses robôs podem construir “um futuro em que não haja pobreza”. Isso pode dar a impressão de que humanoides extremamente capazes estarão, em poucos anos, presentes em nossas casas, zonas de guerra, locais de trabalho, fronteiras, escolas e hospitais, desempenhando funções como terapeutas, carpinteiros, cuidadores domiciliares e soldados.
Apesar desse entusiasmo, os avanços recentes podem ser mais uma questão de aparência do que de substância. Embora os avanços em IA tenham tornado os robôs mais fáceis de treinar, eles ainda não conseguem “sentir” o ambiente, pensar no que fazer em seguida e tomar decisões de forma independente, como alguns vídeos virais sugerem. Em muitas dessas demonstrações (incluindo as da Tesla), quando um robô serve uma bebida ou limpa uma bancada, ele não está agindo autonomamente, mas sendo controlado remotamente por operadores humanos, uma técnica conhecida como teleoperação.
O design futurista desses humanoides—com olhos brilhantes, rostos digitais e formas metálicas imponentes, inspirados em ficções distópicas de Hollywood—frequentemente faz parecer que são mais avançados do que realmente são.
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08/01/2025
Cultura de colaboração humano-IA é o caminho para hiperprodutividade nas empresas
A interação entre humanos e Inteligência Artificial está revolucionando o ambiente de trabalho, inaugurando uma nova cultura de colaboração que automatiza de forma inteligente tarefas operacionais e repetitivas e permite que os profissionais foquem em funções mais analíticas e estratégicas. Essa transformação é liderada por tecnologias como a Inteligência Artificial Generativa (Gen AI) que já está redefinindo papéis em diversas áreas.
Um novo paradigma de trabalho
As formas de trabalho estão se transformando com a consolidação da Inteligência Artificial. Gradativamente, todos vão precisar mudar a forma como trabalham e elevar o grau de suas funções para um patamar mais crítico, criativo e decisório. Isso porque, novas tecnologias permitem que atividades operacionais sejam retiradas da jornada de trabalho do colaborador através da automação inteligente, o que abre espaço para focar em atividades estratégicas e alinhadas à qualidade de vida.
Todo esse processo de transição tem como objetivo otimizar o espaço de trabalho para alcançar processos otimizados, elevar a experiência dos clientes, proporcionar bem-estar aos colaboradores e escalar os resultados. A combinação do potencial crítico humano com a velocidade da IA cria uma força de trabalho mais produtiva, preparada para enfrentar as complexidades de um mercado em constante evolução. Esse novo modelo impulsiona não apenas a produtividade, mas também uma cultura de aprendizado contínuo, onde profissionais são desafiados a expandir suas competências e se adaptar às demandas de um mercado dinâmico.
O papel da governança na era humano-IA
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07/01/2025
A busca da IA por mais energia está se tornando mais urgente
Se você passasse por um dos 2.990 data centers nos Estados Unidos, provavelmente pensaria apenas: “Ah, parece um prédio sem graça.” Talvez nem o notasse. No entanto, essas instalações sustentam todo o nosso mundo digital e são responsáveis por toneladas de emissões de gases de efeito estufa. Além disso, novas pesquisas mostram o quanto essas emissões dispararam durante o boom da IA.
Desde 2018, as emissões de carbono de data centers nos EUA triplicaram, de acordo com uma pesquisa liderada por uma equipe da Escola de Saúde Pública T.H. Chan, de Harvard. Isso coloca os data centers logo abaixo das companhias aéreas comerciais domésticas como uma fonte dessa poluição.
O fato representa, também, um grande problema para as principais empresas de IA do mundo, que estão sendo pressionadas a cumprir suas metas de sustentabilidade enquanto enfrentam uma competição implacável na construção de modelos maiores que exigem toneladas de energia. A tendência de novos modelos de IA cada vez mais intensivos em energia, incluindo geradores de vídeo como o Sora, da OpenAI, só fará esses números crescerem ainda mais.
Uma coalizão crescente de empresas está apostando na energia nuclear como forma de abastecer a inteligência artificial. A Meta anunciou em 3 de dezembro que estava buscando parceiros nucleares, e a Microsoft está trabalhando para reativar a usina nuclear de Three Mile Island até 2028. A Amazon assinou, ainda, acordos nucleares em outubro.
No entanto, usinas nucleares levam muito tempo para entrar em operação. E embora o apoio público tenha aumentado nos últimos anos e o presidente eleito Donald Trump tenha sinalizado apoio, apenas uma pequena maioria dos americanos diz ser a favor de mais usinas nucleares para gerar eletricidade.
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06/01/2025
3 principais avanços da IA generativa que impactarão as compras em 2025
A segunda geração das IAs generativas pode transformar consideravelmente o setor de compras, segundo pesquisa do Gartner. O estudo, realizado com 258 participantes globais, mostra que 72% dos CPOs têm priorizado a integração de suas estratégias operacionais com a IA generativa. Os maiores investimentos estão nos avanços relacionados ao raciocínio agente, à multimodalidade e aos agentes de IA.
Segundo Ryan Polk, analista diretor sênior do Gartner, é importante que as empresas que ainda não estão atentas a essas mudanças comecem a se preparar. “Líderes de compras que construírem sua base agora, com foco em qualidade de dados, privacidade e gestão de riscos, têm o potencial de alcançar novos níveis de produtividade e valor estratégico com a tecnologia.”
O raciocínio agente, por exemplo, imita a cognição humana, analisando cenários complexos e auxiliando no processo de tomada de decisões de forma mais informada, precisa e veloz. Já a multimodalidade é uma funcionalidade da IA generativa que processa, integra e analisa diversas formas de dados, como texto, imagens e áudio, gerando insights mais completos e estratégias mais bem fundamentadas para o usuário.
A grande aposta das empresas para o ano que vem, no entanto, está nos agentes de inteligência artificial. Essa inovação traz sistemas autônomos que podem realizar tarefas e tomar decisões em nome de operadores humanos. No caso das compras, será possível automatizar tarefas e atividades operacionais, permitindo que os gestores se concentrem em questões mais estratégicas, no relacionamento com stakeholders e na resolução de casos excepcionais.
Continue lendo: https://itforum.com.br/noticias/gartner-indica-principais-avancos-ia/
03/01/2025
Com IA, é possível medir até o que não se vê
Os cliques são fáceis de medir, basta ter uma boa ferramenta. Porém, se antes do clique, um consumidor visualizou diversos anúncios (até mesmo off-line), mas não clicou neles, é importante atribuir a esses anúncios uma participação pela venda final. Só assim é possível avaliar e priorizar os canais adequadamente.
Quando, nos anos 2000, as empresas começaram a investir mais em comunicação digital e vendas on-line, um dos maiores benefícios percebidos foi a capacidade de medir praticamente tudo: cliques, tempo das pessoas nas páginas, sites, etc.
Mas, com o tempo, essa facilidade encontrou desafios pelo caminho. Graças às regras de proteção de privacidade, foram reduzidos os mecanismos de coleta, como os cookies (códigos que ficam guardados no navegador das pessoas, marcando seu comportamento).
Hoje, há lugares onde cookies ainda são utilizados, lugares onde eventos (como cliques) podem ser coletados (com consentimento dos usuários) e lugares onde nenhum destes é possível, tanto nos meios digitais como não digitais – TV, por exemplo.
Ou seja, são heterogêneas a coleta e a informação.
Soma-se a isso a dinâmica de marketing em que há campanhas, promoções, ofertas e datas comemorativas acontecendo o tempo todo, tanto nas marcas próprias como nos concorrentes.
E ainda há a natural velocidade da tecnologia: o TikTok não era grande poucos anos atrás, ninguém falava na rede social BlueSky, o Clubhouse chegou e saiu, entre tantos outros.
Como as marcas enfrentam este desafio
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02/01/2025
Só 14% das empresas brasileiras dizem tratar da IA de forma adequada, aponta estudo
Um levantamento ouviu 200 companhias brasileiras de diversos setores e portes que, juntas, somam mais de R$ 700 bilhões em faturamento. E revelou que 95% consideram a inteligência artificial essencial para as operações, muito embora apenas 14% acreditem estar tratando o tema de forma adequada.
O Estudo sobre Inovação e Inteligência Artificial Aplicada foi realizado pelo segundo ano consecutivo pela empresa brasileira de tecnologia Meta, em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC). A IA, naturalmente, foi um dos temas mais tratados no relatório.
Embora vista como crucial, a grande maioria das organizações ainda está em fase de descoberta da tecnologia, sem definição de direção, objetivos ou orçamento para projetos prioritários de IA. O estudo mostra ainda que a IA deixou de ser vista apenas como uma vantagem competitiva e passou a ser necessidade estratégica, com foco na eficiência e nos ganhos de curto prazo.
Por enquanto, diz o relatório, as companhias brasileiras têm se concentrado no uso de soluções de IA básicas voltadas para a interação com o consumidor. Entre os respondentes, 70% afirmam que utilizam chatbots para simplificar, suportar e automatizar tarefas; 62% usam IA para análise preditiva, com foco na previsão de demandas, otimização de operações e melhoria de processos decisórios; e 38% trabalham com desenvolvimento de agentes de IA para aprimorar a automação de tarefas e dar suporte em processos mais complexos.
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31/12/2024
2025 está diante de nós como um ano de infinitas possibilidades! 🚀
💡 A tecnologia e a inteligência artificial não são apenas ferramentas; são portas abertas para soluções criativas, eficiência e acessibilidade no Direito.
Que este novo ano seja marcado por avanços que tornem a advocacia mais inclusiva, ágil e conectada, valorizando o ser humano em cada inovação.
🤖 Vamos juntos transformar desafios em oportunidades, sempre guiados por ética e inovação, para construir um futuro mais justo e tecnológico.
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Comissão de Tecnologia da OAB/RS 🚀